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TECNOLOGIA

Scooters versão eléctrica

21 | 07 | 2009 08.08H

Há scooters eléctricas mas com pouco impacto.

João Tomé | jtome@destak.pt

«Gasolina? Isso é tão do século passado» Este é um dos slogans muitas vezes utilizados para promever as scooters eléctricas.

Numa altura em que em Portugal os automóveis eléctricos ganharam grande mediatismo, mesmo antes de chegarem - a Mitsubishi trará em 2010 o i-MiEV e a Nissan com a ajuda do Governo traz o seu veículo em 2011 -, as scooters eléctricas têm feito um caminho menos mediático mas igualmente importante.

É certo que em Portugal, ao contrário dos países nórdicos ou de Itália e Espanha, as scooters são pouco utilizadas nas cidades. Mas com a chegada da "vaga eléctrica" talvez isso mude, seria bom sinal.

Tal como nos carros, o problema desta tecnologia é ainda estar a dar os primeiros passos e ter autonomia e velocidade em défice, isto apesar de, por exemplo, na Expo 98 já existirem scooters eléctricas no recinto.

Opções diversas em Portugal

Actualmente, uma das scooters eléctricas que mais sucesso tem feito no Norte da Europa é a Vectrix - em nove meses de 2008 foram vendidas 1 184, um aumento de 156% relativamente ao ano anterior, entre os clientes está a polícia escocesa.

As dimensões razoáveis e a grande performance para estes veículos, sem ruído nem qualquer tipo de emissão directa, são os seus argumentos. Atinge os 100km/h, tem uma aceleração rápida e autonomia de 112km (demora duas horas a carregar).

O pior é o preço (10 mil euros) e a durabilidade da bateria (80 mil km). Em Portugal, empresas sediadas no Norte como a Veico, Grupo Masac ou a Ecomotores, comercializam ainda modelos como: Bereco (dos 1365 aos 4092 euros, dependendo da variante; vel. máx: 55 ou 90 km/h; autonomia: 40 ou 80 km), a alemã Emax 90s (custa 3200 euros; vel. máx.: 60km/h; autonomia: 45-60km) e há ainda a Evader (vel. máx. 50km/h; autonomia de 70km).

Existem muitas mais opções fora de Portugal, que incluem também scooters híbridas, movidas a hidrogénio (o programa da União Europeia FRESCO desenvolveu esta área) e bicicletas com motor (populares na Holanda).

Curiosamente, na Suécia, o protótipo de moto eléctrica KillaCycle, baseada na Cagiva Freccia C12R, já atingiu os 100km/h em menos de um segundo, mas tanta potência ainda não chegou ao mercado. Existem assim opções atractivas (embora nem sempre baratas) com consumo, em média, de 40 cêntimos/100km.